Grupo comemora o resultado do intercâmbio artístico
A paisagem não é mais a mesma para quem desce em direção à Avenida Contorno, depois de dar a volta na praça do Campo Grande. O muro que acompanha a fileira de pontos de ônibus ganhou uma nova cara, ou melhor, várias novas caras, graças à criatividade de mais de 60 grafiteiros de tudo quanto é canto do mundo.
Vindos da França, Portugal, Colômbia, Itália, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Argélia, Alemanha e Suíça, essa foi a forma que eles encontraram de celebrar o encerramento do Encontro Internacional de Grafite – 1º Bahia Grafita, que começou a colorir a cidade no domingo, 14 de setembro, e transformou a capital em um grande atelier a céu aberto.
A iniciativa partiu do Icbie (Instituto de Cultura Brasil-Itália-Europa) e do grupo Nova 10 Ordem. Um dos artistas que participaram da empreitada foi o baiano Josenildo Mendes, conhecido como Lee 27, que deixou no muro sua marca registrada.
“Meu trabalho se baseia na reverência à religão de matriz africana e no combate ao ódio religioso”, conceitua o grafiteiro, que deu ao público uma representação de Ogum, orixá da guerra, depois de seis horas de trabalho.
A técnica escolhida pelo artista é a chamada sobrecor, que consiste em sobrepor camadas de cores diferentes – sempre partindo do preto até os tons mais claros – até que a obra esteja concebida.
“Passamos por uma evolução técnica e hoje se faz grafite em benefício da comunidade,” diz Júlio Costa, grafiteiro há dez anos. “O preconceito acabou”, acredita.
Retirado de: A Tarde On line
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